Notícias

Conhecer, entender e se apaixonar! Conscientização do Autismo

Conhecer, entender e se apaixonar! Conscientização do Autismo

23 dias atrás


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um dos Transtornos Globais do Desenvolvimento descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais relacionados com a saúde e caracteriza-se pelo comprometimento de habilidades sociais, como a comunicação, interação e a aprendizagem de comportamentos. Mais detalhadamente, o transtorno do espectro autista é uma condição médica heterogênea, caracterizada por déficits na comunicação e interação social, assim como por padrões de comportamentos, atividades e interesses repetitivos e restritivos. Para que a evolução e prognóstico sejam favoráveis, a importância do diagnóstico precoce do transtorno do espectro autista, assim como as intervenções terapêuticas multiprofissionais precocemente, são extremamente necessárias. O atraso da fala pode ser um indicativo do transtorno, e por ser bem precoce na criança, é um fator de observação importante, tanto por parte dos pediatras, quanto dos professores.
A prevalência estimada é de cerca de um em cada 1000 crianças, em idade escolar, com um predomínio significativo do sexo masculino, numa razão de 4:1, em função disso, algumas campanhas mostram “meu mundo em azul”, em uma alusão ao sexo masculino, uma das características marcantes do espectro do autismo, citados em artigos sobre o assunto, nos dois anos anteriores. Apesar da dificuldade em se firmar um diagnóstico de certeza, o mesmo sendo aventado de modo precoce, e instituído o tratamento imediato, essas condutas proporcionariam uma evolução significativa na adaptação, interação ao meio social e um melhor desenvolvimento cognitivo por parte das crianças. Todos os esforços médicos e para-médicos visam à melhoria do prognóstico da doença. E esse resultado favorável, dá-se por meio de terapias regulares por uma equipe multiprofissional que acompanham o desenvolvimento da criança autista.
Alguns cientistas atribuem a etiologia do espectro autismo como multifatorial, sendo os fatores de risco ambientais, neuro-hormonais e genéticos em condições importantes. Os principais fatores de risco ambientais são relativos ao período perinatal, assim como idades maternas e paternas, superiores a 35 e 40 anos, respectivamente. Também o diabetes gestacional, a hipertensão arterial e a obesidade materna parecem contribuir para o desenvolvimento do TEA. No meio intra-uterino, alguns anticonvulsivantes de uso materno, a poluição ambiental, a exposição a pesticidas e a infecção materna são fatores de risco conhecidos. No período neonatal, o baixo peso ao nascimento, a hipoxia intraparto e a prematuridade são os fatores com maior relevância.
Atualmente, a abordagem terapêutica do TEA compreende dois componentes de tratamento: 1. intervenção psico-educacional e 2.farmacológica dirigida às comorbidades.
A abordagem não farmacológica inclui sempre a terapêutica (intervenção de psicologia clínica, de terapia da fala e de terapia ocupacional) e a pedagógica (trabalho multidisciplinar entre centros de apoio à aprendizagem, ensino especial e reabilitação.
A gravidade é avaliada com base no nível de limitação induzida pela perturbação e na avaliação da necessidade de apoio no domínio da comunicação social e no domínio dos comportamentos, atividades e interesses. Apesar de prevalência no sexo masculino, parece ser mais grave nas crianças do sexo feminino, o que na prática parece real.
Nosso cérebro ainda é um desconhecido, mesmo com tantos estudos e trabalhos científicos.
Esperamos ansiosamente, o dia que poderemos entender por completo esse grande mistério da ciência humana, o TEA.


Dra Marcia Aparecida Picolli - Médica Pediatra, Homeopata, Hebiatra e Nutróloga no CRSMCA - Mauá