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Feira do Chocolate

Feira do Chocolate

1 anos atrás


Como água para chocolate 

Estamos em plena época do outono. E, por acaso, a mais doce do ano.

Festivais de Chocolate ocorrem em vários países do mundo. E na nossa pátria-mãe, Portugal, existe um bem conhecido e inovador. Em Óbidos, personagens de histórias em quadrinhos serão transformados em esculturas de chocolate. Já imaginaram morder o Spider-Man e tirar um pedaço da bochecha achocolatada do homem aranha? Sim, e isso só será possível por causa do chocolate.

Pois, nem só de Páscoa vive o chocólatra.

A Páscoa, para muitas pessoas, tem seus significados, suas crenças e suas delícias. E não poderia faltar o tão sonhado e colorido ovo de Páscoa.

A tradição dos ovos é muito antiga. Na antiguidade, eram confeccionados em ouro, sendo essa regalia exclusiva dos nobres.

A tradição se mantém, no entanto, os ovos tornaram-se mais palatáveis, coloridos, com recheios comestíveis, formatos de coelhinhos, com laços e com várias versões. Light, diet, sem lactose.

O ponto de partida para o chocolate foi a civilização pré-colombiana da região mesoamericana.

Os maias e astecas cultivavam o cacau e produziam uma bebida escura, conseguida através das amêndoas fermentadas e torradas. Os efeitos energéticos e estimulantes eram percebidos com o consumo desse líquido amargo. Precisava-se de água quente para diluir o chocolate. Por terem propriedades benéficas para a saúde, mantiveram seu consumo frequente, mas limitado em termos de sabor, textura e combinações.

A região era propicia para o plantio do cacau e sua expansão ocorreu com a chegada dos colonizadores europeus. A região amazônica da época era e ainda é muito rica em cacaueiros.

Com a colonização por portugueses e espanhóis nas Américas, a extinção dos maias e astecas por Cortes e a transferência de matéria prima para a Europa, o cacau ganhou um novo status.

No início de sua descoberta como alimento, apenas consumido pelos nobres e a elite que, no máximo colocavam açúcar e pimenta vinda das Índias, até a sua popularização, fazendo com que muitas pessoas o consumam diariamente e em inúmeras versões, foram necessários quase 500 anos. E esse consumo não para.

Com o advindo da revolução industrial, máquinas foram inventadas para extrair a gordura, outras que moíam ainda mais os grãos, outras que prensavam e etc., propiciaram o aparecimento de novas e atuais versões, ampliando sua utilização e seu aspecto.

O chocolate ao leite foi criado por um chocolatier francês, que acrescentou leite condensado ao cacau, isso no século XIX, popularizando o chocolate e promovendo sua expansão para além das fronteiras europeias. Várias marcas que surgiram nesse momento histórico da humanidade, a revolução industrial, persistem até nossos dias, graças ao grande consumo do chocolate.

E atualmente, as indústrias da beleza utilizam-no em produtos como cremes, hidratantes e até shampoo.

Pelo que vemos na história da civilização, aqui resumida, e a relação dela com o cacau e o chocolate posso acreditar que existem dois tipos de pessoas.

A que gosta de chocolate. Essa sempre gostará!

E a que não gosta. Mas, um dia gostará!

Boa Páscoa!

Dra. Marcia Aparecida Picolli – Médica Pediatra e Nutróloga do CRSMCA- Mauá, especial para a “Feira do Chocolate” 2023. 

A feira acontece de 3 a 6 de abril no subsolo próximo ao restaurante do servidor.