Os ambientes que nos rodeiam estão cada vez mais áridos e como consequência
muitos problemas ambientais nos afligem. Ouvimos quase diariamente relatos de
enchentes, deslizamentos de terra, poluição do ar, poluição do solo etc.
E algo que pode minimizar ou até mesmo eliminar esses problemas está ao alcance
de nossas mãos: colocar mais verde em nossa cidade, em nosso ambiente de
trabalho, em nossa vida.
Vejam como uma simples árvore pode mudar radicalmente o ambiente ao nosso
redor: as árvores dão sombra, refrescando o ambiente, diminuindo o problema das
ilhas de calor; são barreiras naturais contra ventanias, minimizando estragos;
produzem frutos e servem de abrigo para muitos pássaros, insetos e borboletas,
ajudando a restabelecer o equilíbrio ecológico; filtram o ar retendo partículas de
poluição, melhorando a qualidade do ar; constituem barreiras contra o excesso de
ruído dos veículos; amortecem a água das chuvas, além de reter parte das águas e
assim auxiliam a minimizar o escoamento superficial das águas; embelezam as
cidades, trazendo mais conforto e paz; e a respiração das árvores melhora o nível
de umidade, principalmente em lugares secos.
Tudo isto que foi dito é suficiente para convencer as pessoas da necessidade de
termos muitas árvores na cidade. Mas e se não dispusermos de um quintal ou de
calçadas largas, não podemos trazer esses benefícios para o nosso dia a dia com
plantas menores, em vasos?
Podemos sim. Claro que os efeitos serão menores do que uma cidade inteira
arborizada.
Entretanto, mesmo pequenas plantas em pequenos vasos podem ajudar a filtrar
poluentes, oxigenar ambientes, embelezar os lugares. E a jardinagem pode ser
encarada como uma atividade terapêutica anti stress, ferramenta de sociabilização e
de busca de um ambiente mais equilibrado.
Na próxima matéria falaremos sobre a biofilia e o design biofílico. Até lá.

Reinaldo Anraku

Arquiteto Paisagista