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O mergulho no oceano das letras e das leis
3 anos atrás
Foi logo na primeira infância que Natália Cordeiro Barbosa Dijigow se viu fascinada pelo mundo mágico das letras. Aos 4 anos aprendeu a ler e, desde então, se manteve imersa nos livros e cadernos, onde registrava os frutos de sua imaginação. Hoje, aos 33 anos, Natália continua sua alquimia com as palavras produzindo textos de diferentes formatos. Também foi o trabalho com as letras que a trouxe para a Prefeitura de Mauá. Nesse caso, as letras das leis.
Formada em Direito e pós-graduada em Direito Tributário, a servidora municipal completou neste mês de junho quatro anos como Procuradora-Chefe na Procuradoria da Dívida Ativa. “Atuo no controle de legalidade da inscrição de créditos tributários e não tributários municipais”, explica.
“Promovo a cobrança extrajudicial de créditos fiscais por meio do protesto de Certidões de Dívida Ativa. Também coordeno a formalização e a organização de acordos de parcelamentos de tributos municipais e emito pareceres jurídicos relativos às matérias de competência da Procuradoria”, completa a servidora.
Paralelo à formalidade das leis, Natália exercita sua escrita e criatividade através de poemas, contos e crônicas que são publicados no endereço www.instagram.com/retoricadoamor. “Geralmente são sobre paixões, amores e relações. Também escrevo textos com pensamentos mais filosóficos”, conta a escritora sobre os temas abordados. Um de seus trabalhos, intitulado “Sensação Paulistana”, foi publicado em uma compilação chamada “Universo Paulistano”, lançado em 2009 pela Editora Andross.
Natália tem como inspiração escritores de diferentes épocas e estilos, como o irlandês Oscar Wilde, conhecido pelo clássico “O Retrato de Dorian Gray”, o checo Milan Kundera (“A Insustentável Leveza do Ser”), e os brasileiros Caio Fernando Abreu, Zack Magiezi e Tati Bernardi. O juiz Samer Agi também é uma influência, principalmente por ter em comum essa ponte entre o Direito e a literatura.
Sobre essa ligação entre as duas áreas, Natália comenta que “o Direito envolve muita leitura e demanda uma boa escrita. Um bom advogado tem que saber escrever. A escrita abre possibilidades, constrói e desconstrói crenças e convence pessoas”, finaliza.
“Hermann Hesse escreveu que ‘o que não faz parte de nós mesmos não nos perturba’. Negar-se ou afirmar-se ao outro, constantemente, é tentativa de convencer-se; convencer, portanto, a si mesmo, e não ao outro. O outro é subterfúgio para escutar a mentira sincera, de si mesmo, que se quer camuflar; o outro é o espelho fajuto de quem se recusa a enxergar-se”. Natália Dijigow
Texto e foto: Edu Guimarães