Agosto Dourado

Neste mês que ora termina, abordaremos um assunto de maior importância para o início de uma vida.

Na primeira semana do mês de agosto, mundialmente comemora-se, incentiva-se e promove-se a conscientização ao aleitamento materno.

O leite materno é essencial, adequado e imprescindível, em quase 100% das crianças ao nascerem.

Estreitando vínculos entre mães e filhos, fornece imunidade aos diversos problemas nutricionais que, o recém-nascido possa desenvolver, nos primeiros dias e meses de vida.

Responsável por prevenir e tratar patologias como alergia alimentar, o aleitamento materno, por não onerar a família, ajuda na economia doméstica, alegrando os componentes da casa.

Existem trabalhos científicos que associam a melhora das questões de fala, audição, visão e consequentemente adaptação da criança ao mundo extra-uterino, pelo primeiro contato com a amamentação ao seio materno, logo na primeira hora de vida. O contato pele-a-pele.

A criança vem ao mundo após ultrapassar a barreira placentária e o canal de parto. Este trajeto o faz ter contato com bactérias, vírus, sujidades e, esta primeira contaminação é amenizada com o aleitamento materno.

Mas, sabemos que não é fácil o sucesso da tão sonhada amamentação, aí entra o trabalho do pediatra, obstetra e enfermagem.

O prazer de ver o sorriso da criança durante a amamentação, supera todas as dores que possam existir. Não desistir é sempre importante.

Diante de tantos benefícios, o “agosto dourado” deveria ser adotado o ano todo. Fiquei pensando em por que dourado?

Então, lembrei-me de um livro que li nos primeiros anos da residência médica em Pediatria, no maravilhoso IASERJ-RJ, onde constava que, o leite materno tem as gotas douradas do colostro (amarelo forte) onde estão as imunoglobulinas e anticorpos para protegerem o nascituro.

Com isso, concluo o artigo, mas não o assunto.

Que nossas crianças possam aproveitar o melhor, logo nos primeiros momentos da vida e para sempre.

Dra. Márcia Aparecida Picolli – Pediatra- Nutróloga- Hebiatra- Homeopata no CRSMCA-Mauá